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Mostrando postagens de setembro, 2012

Food for thought

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.  Saindo da academia hoje vi um policial de uniforme azul marinho, com um emblema escrito em letras grandes e amarelas: "polícía secreta". Pergunta que não quer calar: por que o uniforme da polícia secreta é bem mais chamativo que o da polícia comum?? Mistérios. -------------------------------------------------------------------- Na aula de francês fica vindo alemão na minha cabeça. Quando tento falar alemão, vem inglês. Aí estou falando inglês e vem português. Meu cérebro me sabota. (Na verdade, ele procura a próxima língua que sei um pouco mais do que aquela que estou tentando falar.) -------------------------------------------------------------------  Na minha turma de francês os colegas são americanos, mas tem duas moças latinas. Como para elas eu sou "não-americana", elas falam comigo em espanhol. Às vezes é para perguntar a resposta de um exercício. O pior é que eu entendo o espanhol, e aí respondo - ou em inglês, ou dizendo a tal pal
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 E disse Joseph Campbell no dvd O Poder do Mito, em resposta à pergunta de Bill Moyers: Bill Moyers: - O que acontece quando uma pessoa vai atrás da sua felicidade? Joseph Campbell: - Ela a encontra.  Amo essa resposta. Até porque, acho que é simples assim mesmo. E ele diz mais: "Siga sua felicidade e o mundo abrirá portas para você onde antes só existiam paredes." É um bom espírito pra se começar a semana, não?

Você ainda não conhece??

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 Você já conhece o gangnam stlye? Não?? Cuidado! Você está ficando por fora. Corra o dedo no explorer, digite as letras e descubra rápido do que se trata - antes que seja tarde demais! Afinal, se você não ficar rapidamente por dentro desse novo modismo, pode ser que ele passe, veja só, sem que você não tenha nem tomado conhecimento! Ha ha. O caso é que a vida anda frenética. Anda se levando muito pouco tempo para algo já virar antigo. O fenômeno não me agrada, e o prognóstico não é nada bom: minha impressão é que o tempo de duração do que quer que seja vai ficar cada vez menor. O orkut, por exemplo, está ultrapassadíssimo. Mas foi uma febre que até durou um tempinho razoável, uns cinco anos. Isso até que o Facebook caísse nas graças do brasileiro. Eu já tinha Facebook quando o pessoal no Brasil começou a descobri-lo, porque esse era o "orkut europeu". Criei minha conta lá em 2003, acho. E de lá pra cá, o Facebook nem parece mais o mesmo. Sim, porque também a atitude

Blargh!

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 Com atraso de apenas uns 5 anos, finalmente fiz uma coisa que devia ter feito na UnB: li o tal A paixão segundo G.H , de Clarice Lispector.  Melhor ler revistinha!   O que achei do livro? Isso: blargh. Aliás, bota umas exclamações no final: blargh!!!  De-tes-tei esse livro. Muito.   Não. Okay. Deixa eu ser justa. Do começo eu até gostei. Os primeiros capítulos são mesmo muito bons. Tem umas frases lá que capturam certos sentimentos quase que com perfeição. Até poderia pulicá-las aqui, depois que minha raiva do livro já tiver passado. Mas o caso é que esse começo gostoso dura pouco, e aí logo ela começa a, sinceramente, viajar na maionese. Parece coisa de drogado alucinado - embora eu não saiba qual é a experiência de um drogado alucinado. Mas se é possível imaginar o desconforto, deve ser alguma coisa que se compara a ler esse livro.   E não estou nem aí para o que a critica disse a respeito. A verdade é que a mulher não fala coisa com coisa. E se de v

Bem verdade...

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 Já fui de admirar os que sabem muito. Hoje admiro mais os que ensinam   muito. Afinal, conhecimento é como dinheiro: beneficia muito mais gente quando está circulando.
"A educação é algo admirável, mas é bom recordar que nada que valha a pena saber pode ser ensinado." Oscar Wilde  Indeed. E o que não pode ser ensinado, tem que ser vivido mesmo e pronto.  Um ótimo fim de semana!

Por uma vida mais autêntica

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 O bom de simplesmente ser a gente mesmo é que se tem que pensar muito menos. Essa quem disse fui eu. Mas adoro essas, de Oscar Wilde, sobre o mesmo tema: "Seja você mesmo. Todas as outras personalidades já tem dono."  "Ser natural é a mais difícil das poses."

Do escrutínio alheio

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 Naquele livro do Verissimo que eu estava lendo outro dia, tem uma crônica contando o que acontece quando um casal decide instalar um microfone escondido no elevador do prédio onde moram para ouvir o que os amigos dizem quando estão chegando ou saindo do apartamento deles. Por um momento pensei, que ideia fantástica! Depois, pensando melhor, que ideia terrível. Afinal, provavelmente certas coisas que dizem sobre a gente seriam o tipo de coisa devastadora de se ouvir - justamente por serem verdades. Já muito bem disse Oscar Wilde: "É monstruosa a forma como as pessoas criticam as outras pelas costas, dizendo coisas absoluta e completamente verídicas." Ha ha. Realmente!!  O problema, acho, não estaria então em se dizer essas verdades (não na cara das pessoas, please), mas somente quando fossem, de fato, verdades. Passou disso, seriam julgamentos e aí entraria-se no terreno do preconceito. Mas honestamente, é possível não avaliar uma pessoa ou situação? Acho que não. A gent

Ah, o amor, o amor!

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Amar às vezes anda junto com sofrer. No início, a gente sofre por não saber se é correspondido, ou sofre por não ser, e às vezes sofre por não corresponder. E quando tudo dá certo, termina o sofrimento? Muito pelo contrário. Aí sofremos com a ausência do ser amado, sofremos de saudades, de ciúmes, ou com eventuais desentendimentos. Mas é claro que está tudo justificado já que a parte boa... Ah, é tão boa! Sobre esse assunto, tem uma fala perfeita no filme de Woody Allen A última noite de Boris Gushenko . Nele, uma das personagens faz o seguinte discurso:  "Amar é sofrer. Para evitar o sofrimento, não se deve amar Mas então, sofre-se por não amar. Portanto, amar é sofrer, não amar é sofrer, sofrer é sofrer. Ser feliz é amar; logo, ser feliz é sofrer. Mas o sofrimento deixa a gente infeliz, portanto para ser infeliz deve-se amar, ou amar para sofrer, ou sofrer por excesso de felicidade. Espero que você esteja entendendo."
 E no desfile de 7 de setembro em Brasília duas mulheres correram pela esplanada semi-nuas. Não, elas não se enganaram de festa e acharam que era carnaval. Era protesto mesmo. As causas abraçadas de peito - literalmente - aberto eram a violência sofrida por mulheres e a construção da hidroelétrica de Belo Monte. Causas nobres. Mas uma coisa me intriga nessa história, e também em outros protestos. É a correlação dos temas. O que tem haver a hidroelétrica de Belo Monte com a violência sofrida por mulheres? A gente escuta o povo dizendo: estou protestando conta a corrupção e a matança dos pandas selvagens. (??) Mas sim, imagino que a pessoa diga: ah, já que vou tirar a roupa mesmo, vamos aproveitar e protestar logo contra um monte de coisa. Era o que as duas da Esplanada estavam fazendo. Matando logo vários coelhos com uma chacoalhada só. Com pouco tempo de Nova York, essa coisa do peito de fora nem me espanta mais. Aqui, talvez por ser permitido por lei às mulheres mostrarem os seio

Da saudade e nostalgia

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Se eu já andava com um pé na nostalgia e na saudade do Brasil, hoje então, 7 de setembro, vou colocar os dois. E que ninguém tente me desenrolar da minha bandeira verde e amarela ou senão, só de castigo, eu canto o hino nacional. Ah, meu Brasil brasileiro... Tão mulato e faceiro.  (Estou hoje com uma tendência a citações. Sei que como já dizia a minha tia, "quem cita os outros não tem ideias próprias", mas vai fazer o quê? Cada dia o escritor acorda de um jeito.)  Então, seguindo os pensamentos, eu ia continuar dizendo que acho linda a nostalgia pelo Brasil e mais lindo ainda os brasileiros que tem amor incondicional à patria, que não é perfeita mas é abençoada por Deus e bonita por natureza. Mas só aceito esse tipo de fala de quem já morou fora, ou saiu do país, ou deu umas viajadas ou pelo menos é muito bem informado sobre o resto do mundo. Lembra nas provas de matemática, que pra ganhar os pontos não bastava só escrever o resultado mas sim tinha que mostrar o dese

Mal acostumados?

 Se alguém diz, "fulana foi mal acostumada", a gente sabe logo do que se trata. Provavelmente teve muito luxo ou muito conforto ou mimos, ou acostumou com algum tipo de situação muito boa etc etc. Mas pensando bem, não teria mais lógica dizer que essa fulana então foi "bem acostumada"? Por que o povo repete que é "mal acostumado" aquele que foi acostumado com situações extremamente boas?? O que tem de mal nisso? Mal acostumado não seria aquele que está acostumado com o que é ruim??  É o que eu me pergunto nessa tarde de quarta-feira, pós-faxina na casa.

Numa sentada

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 Entre uma saída e outra, ontem li um livro inteirinho. Foi o "Em algum lugar do paraíso", de Luis Fernando Verissimo (2011: objetiva, 194pgs). Maravilhoso. Recomendo, mil vezes recomendo. Deixo aqui trechos da crônica que dá nome ao livro, Em algum lugar do paraíso , que como tantas outras, é ótima: "O tempo não tem pontos fixos, o tempo é uma sombra que dá a volta na Terra. Ou a Terra é que dá voltas na sombra. Nossa única certeza é que será sempre a mesma sombra - o que não é uma certeza, é um terror. Na nossa fome de coordenadas no tempo nos convencemos até que dias da semana têm características. Que uma terça-feira, por exemplo, não serve para nada. Que terça é o dia mais sem graça que existe, sem a gravidade de uma segunda - dia de remorso e decisões - e o peso da quarta, que centraliza a semana (pelo menos em Brasília), ou a concentração da quinta, ou a frivolidade da sexta. Gostaríamos que passar pelos dias fosse como passar por meridianos e paralelos, a

Eu & o tiramissu

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Ontem à noite dei as últimas colheradas num tiramissu que eu tinha feito. Estava simplesmente divino . (Depois passo a receita) Enquanto saboreava, voltava a pensar aquilo que tinha me vindo à cabeça desde a primeira colherada que havia dado no doce dias antes: como assim eu ainda não havia feito essa receita?? A pergunta ganha a entonação certa (enigmática & bem dramática) quando você considera o seguinte: Eu sempre AMEI tiramissu, mesmo antes de provar pela 1a vez; Toda vez que tive a chance (em restaurantes, delicatessen), foi o que eu escolhi como sobremesa; Só pra comprovar que, de fato, eu realmente AMO esse doce; Eu venho cozinhando bem já há, pelo menos uns oito(!) anos; Sendo que sobremesas, que sempre foram meu forte, eu já fazia há mais tempo; Eu vivo fazendo sobremesas.  Ou seja: como assim eu ainda não tinha feito esse doce???  Posso penssar numa explicação. Ela está no 1o livro de receitas que comprei na vida, justamente por conta de uma re