Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2020

Seria este o sentido da vida?

(Texto escrito em 2011, encontrado como rascunho nos arquivos do blog. Hoje eu tenho uma visão diferente, e uma outra resposta para "qual é o sentido da vida?". Mas gostei do texto.) Você nasce. Imediatamente cai num contexto já formado. Pai, mãe, talvez alguns irmãos. Talvez caia numa família esquisita, talvez numa família bacana. Talvez não dê muito valor a tudo o que você tem, porque pra você aquilo tudo sempre esteve ali. Então você vai crescendo. Formando sua personalidade própria, ainda que emprestando traços. Começa a divergir em opiniões. Vem um conflito ou outro. Você decide que precisa de mais liberdade, de mais espaço, enfim, de viver sua própria vida. Então sai de casa. Pode ser para morar sozinho, pode ser para morar com alguém. Abraça esse mundão de Deus. E então vê que aquelas pessoas, aquela coisa toda de ter uma família, faz falta. Então você decide formar sua própria família. Tem um filho. Outro. Talvez até o terceiro. E então sua vida pass
Tem uma coisa que eu sempre penso. (Aliás, tem várias que eu sempre penso, mas algumas é melhor não escrever, ha ha). Estava falando da simplicidade com que eu, você, todo mundo costuma resumir a vida alheia. Quem é ela? Ela? É a fulana de tal. É arquiteta, casada, tem dois filhos, mora no lago.  A descrição não dá uma linha completa. Mas por trás de cada palavrinha nessa sentença, quanta história.  É arquiteta. Ou seja, coloque aí uns bons cinco anos de universidade, talvez mais um de cursinho pré-vestibular. E uma vida sendo boa aluna no colégio, que não é qualquer um que passa pra arquitetura. Aí coloque depois a luta para conseguir algum estágio num bom escritório e depois a batalha para conseguir abrir o próprio, conseguir os clientes, dar conta dos projetos etc etc. É casada. Nossa. Por onde começar? Que tal por aquela paixão inconfessa e platônica da adolescência que quase fez com que ela desistisse do amor? Ou pelos namoros que "não vingaram" e desilusões

Os zeros à esquerda

(Texto escrito em 2014 e encontrado aqui nos arquivos do blog, como rascunho. Eu devia estar brava com alguém nesse dia, hahaha...) Mais de 7 bilhões de pessoas no planeta, era de se esperar que a coisa estivesse um pouquinho melhor, não? Mas é que desses, muitos só servem para contar número. Nas estatísticas, quero dizer. Porque em suas próprias vidas, nem isso dão conta de fazer. São os famosos zeros à esquerda.  Cada pessoa tem um talento diferente, e isso eu entendo. Tem gente que é umzero na cozinha mas organiza uma casa que é uma beleza. Outra não tem muito cérebro mas o bumbum a isenta de ter que apresentar qualquer sinal de inteligência. E tem ainda aqueles que são mais completos mesmo, bonitos, inteligentes, bons profissionais, espirituosos etc. Tudo de bom essa turma. Agora, o que é duro de aturar são os que não são bons em nada. Os famosos zero à esquerda.  A pessoa não é bonita, não é rica, não é engraçada tampouco muito inteligente. Não sabe cozinhar, não sabe organi