Da arte de dar/receber presentes



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Na hora de dar um presente, até hoje tem gente que insiste na máxima: "não sei o que dou pra fulana - ela já tem tudo!" Isso para mim não faz o menor sentido. Afinal, presentear não se trata de suprir necessidades.




Outra batida é aquela: "está chegando seu aniversário/natal/dia dos namorados etc, então por que você não sai e compra algo para eu te dar?" Essa é terrível. A intenção pode até ser boa, mas nunca o resultado.




Quando éramos crianças, sem nenhum poder de compra, até fazia sentido perguntar-nos o que queríamos. Afinal, era nossa chance de possuir as coisas que desejávamos. Mas depois de adultos, trabalhamos, temos nosso próprio dinheiro. Se queremos algo, compramos. E sim, provavelmente já temos mesmo de tudo.





Então por que o fascínio por presentes ainda existe? É por conta do que está por trás do ato. Não é o que está dentro do pacote que conta, mas o fato de que alguém pensou em nós.



Quando eu ganho um presente, já fico super feliz antes mesmo de saber o que é. Só o ato de ganhar algo, significa que alguém gastou tempo pensando em mim. Se o que vier dentro da embalagem for algo que eu realmente gostar, será só um adicional bem agradável.





Da próxima vez que você se estiver se perguntando o que será que alguém quer de presente, já vou responder: a pessoa quer a sua atenção. Quer ver seu carinho na escolha do presente. Quer ver que você presta a mínima atenção nela e assim é capaz de dar algo ao menos remotamente relacionado ao seu mundo e às coisas que ela gosta.





Para causar um grande impacto, a única necessidade que um presente precisa preencher é a nossa necessidade de recebermos carinho. Mostre com seu pacotinho que você, longe ou perto, tem estado p r e s e n t e.


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