Um post contra os excessos

Se tem uma coisa que é importante é o saber quando parar.

A escassez é ruim. Mas estou pra dizer que o excesso é ainda pior.

É o tal do timming. Quando se perde, já era. A piada perde a graça, o momento perde o brilho, o passeio vira martírio, os brinquedos perdem o valor, a companhia fica irritante, o que era bom fica ruim.

 Sem tem uma coisa bem americana que me agonia é o tal do mais, mais, mais. Querem sempre se superar. Vamos fazer mais, melhor, maior!!!

 Deus que me livre. O ser humano tem limitações. Temos só dois braços e duas pernas (portanto, pra quê mil relógios e não-sei-quantas calças?), uma cabeça, um coração, 24 horas no dia... Cada um de nós é somente uma pessoa, portanto, que ideia ridícula isso de querer ter cada vez mais, acumular mais , possuir mais, comprar mais, fazer mais.

 Aff. Que canseira.

 Achei lindas as comemorações do Jubileu da Rainha Elizabeth em Londres, justamente por conta disso: os europeus sempre sabem parar. Comem com moderação. Vestem-se com moderação. Compram com moderação. São elegantes sem passar da medida. E sim, até fazem coisas grandes (como o Jubileu da rainha, ou, pra continuar com exemplos ingleses, o recente casamento de William e Kate) mas que terminam alguma hora. E por isso, a coisa fica interessante.

 Aqui, às vezes exagera-se tanto que a coisa perde a graça. Entra naquela parte do gráfico onde a coisa fica constante, não interessa o quanto mais se acrescentar.

Em grego, veneno e remédio são a mesma palavra - porque para um virar o outro, é só uma questão de quantidades.

Comentários

  1. O excesso é prejudicial em toda e qualquer situação.A famosa BÓIA deve estar sempre em bom estado de uso e conservação.

    ResponderExcluir
  2. Amei o texto e o comentário da "bóia" da Marília. Nunca tinha ouvido. Muito bom!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe sua opinião ou simplesmente um "alô"!

Postagens mais visitadas deste blog

A tática da bolsa

Como fingir que você entende de vinho