Na próxima, quero nascer mulher de novo.
Eu sou uma mulher que gosta de mulheres. Não no sentido Daniela Mercury da coisa, que nesse sempre fui fã dos homens. (Nada contra ela não ser. Ou melhor, ela ser também.) Gosto de mulheres porque acho o universo feminino fascinante. Sempre gostei de estar entre mulheres, de ter muitas amigas, e podendo escolher, prefiro ambientes predominantemente femininos. Sendo assim, tive a sorte de ter escolhido fazer Letras (que lá, raras exceções, ou era mulher ou estava querendo virar) e depois de ter caído num departamento no Ministério numa sala onde trabalhavam outras seis mulheres entre um solitário cravo juvenil. (Aliás, será que ele ainda está lá ou se cansou de tanto estrogênio e progesterona?) Enfim. Sabe Chá de Panela, Chá de Bebê ou essas reuniõezinhas só para mulheres? Meu paraíso.
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Ao contrário do que pregam algumas representantes do gênero (desertoras?), não acho que mulheres sejam essencialmente desunidas, traidoras, chatas, complicadas ou invejosas. Algumas é óbvio que serão, mas não vejo essas como as características principais nem predominantes. O que vejo é sim um gênero onde existe bastante cumplicidade, vontade de compartilhar, de escutar, de ajudar, de acolher, com uma sinceridade e uma abertura inexistentes no universo masculino.
É engraçado notar como que, geralmente para os homens se encontrarem, é preciso haver um propósito, uma finalidade. Se encontram para uma partida de tênis, de pôker, de futebol, para se aconselharem nos negócios ou tomar uma cerveja. Geralmente combinam de antemão o que vão fazer e quando se encontram, que estranho, terminam fazendo mesmo o que haviam combinado. Isso quase nunca é o caso com as mulheres. Podemos combinar de ir ao cinema no shopping mas terminar passando a tarde dentro daquela loja de sapatos que estava com uma liquidação imperdível. Ou então combinamos de alugar um filme mas terminamos conversando a tarde toda. E quantas vezes eu já não fui, em teoria, andar de bicicleta, ou patins, ou caminhar no parque, mas terminei sentada em alguma calçada naquelas conversas longas, ou sérias ou leves, mas geralmente tudo junto? Não é que sejamos dispersas ou fracas em nossos propósitos. Mas é que para mulheres, pouco importa o programa - o que importa mesmo quando vão se encontrar... é o encontro em si.
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Quase toda vez que estou entrando ou saindo de uma Bad, bath and beyond (tipo uma Dular ou Camicado daqui) vejo alguma dupla feminina batendo papo na entrada da loja. Às vezes entro, faço tudo o que fui lá fazer, escolho minhas coisas calmamente, pago e quando saio, lá estão ainda as duas. É óbvio que não combinaram: "O que você acha de se encontrar na porta da loja pra colocar o papo em dia?" Mas isso não as impede de fazer isso, alegremente, por alguns vários minutos. Toda vez que vejo uma cena dessas, dou um sorrisinho e penso "Lá estão duas mulheres, provavelmente atarefadas, dando uma longa paradinha rápida para colocar a conversa em dia. O mundo continua em ordem."
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Ao contrário do que pregam algumas representantes do gênero (desertoras?), não acho que mulheres sejam essencialmente desunidas, traidoras, chatas, complicadas ou invejosas. Algumas é óbvio que serão, mas não vejo essas como as características principais nem predominantes. O que vejo é sim um gênero onde existe bastante cumplicidade, vontade de compartilhar, de escutar, de ajudar, de acolher, com uma sinceridade e uma abertura inexistentes no universo masculino.
É engraçado notar como que, geralmente para os homens se encontrarem, é preciso haver um propósito, uma finalidade. Se encontram para uma partida de tênis, de pôker, de futebol, para se aconselharem nos negócios ou tomar uma cerveja. Geralmente combinam de antemão o que vão fazer e quando se encontram, que estranho, terminam fazendo mesmo o que haviam combinado. Isso quase nunca é o caso com as mulheres. Podemos combinar de ir ao cinema no shopping mas terminar passando a tarde dentro daquela loja de sapatos que estava com uma liquidação imperdível. Ou então combinamos de alugar um filme mas terminamos conversando a tarde toda. E quantas vezes eu já não fui, em teoria, andar de bicicleta, ou patins, ou caminhar no parque, mas terminei sentada em alguma calçada naquelas conversas longas, ou sérias ou leves, mas geralmente tudo junto? Não é que sejamos dispersas ou fracas em nossos propósitos. Mas é que para mulheres, pouco importa o programa - o que importa mesmo quando vão se encontrar... é o encontro em si.
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Quase toda vez que estou entrando ou saindo de uma Bad, bath and beyond (tipo uma Dular ou Camicado daqui) vejo alguma dupla feminina batendo papo na entrada da loja. Às vezes entro, faço tudo o que fui lá fazer, escolho minhas coisas calmamente, pago e quando saio, lá estão ainda as duas. É óbvio que não combinaram: "O que você acha de se encontrar na porta da loja pra colocar o papo em dia?" Mas isso não as impede de fazer isso, alegremente, por alguns vários minutos. Toda vez que vejo uma cena dessas, dou um sorrisinho e penso "Lá estão duas mulheres, provavelmente atarefadas, dando uma longa paradinha rápida para colocar a conversa em dia. O mundo continua em ordem."
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