Você sabia que em vestibulares e concursos públicos, eles evitam a todo custo cobrar interpretação de texto literário de autores vivos? Isso porque a interpretação desse tipo de escrita é bastante subjetiva e já aconteceu de, uma vez gabaritada a prova, banca examinadora, candidatos e autor quase saírem no tapa.
Pois é. Mas nesse caso é diferente. A autora (eu) está aqui pra explicar o que o poeminha abaixo quis dizer. Ele faz parte da minha filosofia de vida. E que é uma das coisas mais sábias que acho que já escrevi - sem nem perceber, na época (2007), que era. Resumindo, ele é uma exortação à vida concreta, experimentada pelos órgãos dos sentidos, mundana, normal, comum - e tão gostosa. É um chamado ao viver cada dia aproveitando o que houver para aproveitar, e sem se deixar consumir por questões existencias ou perguntas sem resposta. Porque ficar tentando responder certas coisas é o mesmo que ter como propósito contar os números até o final.
(Sim, um dia eu tive tal ambição. Tinha uns seis anos de idade. E não era boba não! Lembro que pra facilitar o processo, resolvi começar logo do número 200.)


Não queira explicar
Nem tente entender
Se o seu papel aqui
É só o de viver.
Se procura um sentido
Aproveite os que já tem
Veja, toque e tenha ouvido
Pros sussurros de alguém
E mesmo que a falta de lógica
Provoque um pouco de medo
Não torne a mágica trágica
Desvendando seu segredo
.

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