A primeira coisa a fazer...

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Quando eu era criança, tinha um medo recorrente: me encontrar, de repente, totalmente sozinha em algum lugar desconhecido e esquisito, e ter que me virar. Imaginava cenários bem reais (algo como escombros de um pós-guerra, ou um deserto com árvores quebradas - okay, não tem árvores em desertos, mas deem um desconto - eu era criança) e aí, muito preocupada, eu me perguntava: e agora?? O que eu faria se isso acontecesse??


A partir dali eu sempre pensava em mil coisas (dependendo do cenário) e invariavelmente chegava à mesma conclusão. Então, aquela Simone de 5 ou 6 anos de idade, muito séria e compenetrada, dizia a si mesma:


- Bom, a primeira coisa que eu faria seria... parar de chorar.
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Toda vez que eu lembro disso acho graça. Mas havia algo de muito sábio naquele meu pensamento infantil.
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Nesse último fim de semana, me bateu uma tristeza. Saudade de casa, estranhamento do país novo. Me sentia como se, de repente, eu estivesse num lugar desconhecido e esquisito, e tivesse que me virar. Sensação de deja vu, alguém?
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Felizmente, dessa vez não estava completamente sozinha. E o cenário era bem mais bonito do que um pós-guerra ou deserto com árvores caídas. Mas o que eu precisava fazer era basicamente a mesma coisa: parar de chorar.
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Pra minha sorte, meu marido foi maravilhoso comigo, e logo logo o céu se abriu e o sol voltou a brilhar. E como ao mesmo tempo, a temperatura lá fora caiu drasticamente (por volta dos 10C), a coisa só foi melhorando!
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Meu marido é alguém muito especial. Ele é capaz de me amar quando eu menos mereço - que é justo quando eu mais preciso. Um cara realmente incrível.

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Comentários

  1. É verdade e eu quero que todo mundo saiba disso. "Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir..." Risos.

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