Desserviços ao povo brasileiro

Okay. Que comercial é aquele, da Skol e sua Operação Folia 2012? O cara se fingindo de soldado e deixando a namorada ou mulher em casa pra ir pro carnaval? Coisa mais de mau gosto. E sabe o que me deixa mais pasma? É que se o tema: vida-a-dois-é-chata-portanto-fuja-e-vá-se-divertir é capaz de virar comercial para uma marca como a Skol, deve ser porque a ideia de que isso é engraçado faz realmente parte da cultura. Ou é isso ou então todo mundo odiou a propaganda tanto quanto eu. Qual dos dois será? Comentem nesse, please. Eu realmente gostaria de saber.
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Depois de alguns tropeços eu entendi que: existem as boas e as más ações. E é possível se divertir horrores com ambas. (Parece errado dizer isso, mas é verdade. The ugly truth.) Mas o caso é: as boas ações constroem sua vida. E as más, destroem. E no fim, quem leva os louros ou paga o pato é quem? Isso mesmo. O autor das ações. Ou seja: se tudo o que as pessoas querem é uma vida boa, interessante, legal, divertida, coisa e tal, por que não fazer isso se valendo das boas ações, que não machucam ninguém, muito menos quem as pratica? É muito mais inteligente.

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E já que hoje comecei falando da televisão no Brasil, vamos a mais uma: essa coisa terrível chamada Big Brother. Primeiro que ainda não entendo como, num país onde as drogas não são legalizadas, ainda deixam passar isso na tv. E outra, que custei a entender como gente inteligente, que estudou, foi à faculdade etc ainda consegue assistir aquele troço. [E sim, eu falo com algum conhecimento de causa. Várias vezes eu tentei assisitir o Big Brother. Só que nunca consegui. Mas já vi alguns episódios. E pelo que percebo pelas manchetes que a gente vê em sites etc, quem viu um episódio, viu todos.]
Continuando: eu acho que tenho uma explicaçao para o porquê de pessoas com cérebro ainda assistirem aquilo: deve ser porque elas gostariam de ter aquela vida mostrada ali. Comer, beber, ir à piscina, fazer nada o dia inteiro, ir à umas festas bobas à noite, beber mais, e conversar água. Nunca trabalhar, nunca cuidar da casa, nunca ler um livro, nunca criar nada, nunca fazer nada de produtivo. Não é o que eu gostaria pra minha vida, então talvez por isso ache o programa tão insuportável. Mas para os que gostariam disso, um recado: quanto mais vocês passam tempo assistindo aquele raio de programa desejando ter uma vida de luxos e mordomias, provavelmente mais longe vocês estarão de alcançar isso. Porque seus cérebros devem estar derretendo.
E tenho dito.

Comentários

  1. Simone, eu achei propaganda muito bem feita e engraçada. Ponto de vista masculino!
    Mas concordo com o que vc disse, parece até que existe um acordo coletivo segundo o qual todo mundo é obrigado a achar engraçado o conceito "Solteiro=bom, namorando=ruim". Exceto as mulheres ciumentas e chatas, a elas é reservado o direito de fechar a cara e emburrar. Isso garante piada pronta para as mais variadas situações (inclusive comercial de cerveja). É só falar qualquer bobagem cuja conclusão seja: casamento=ruim, que todo mundo começa a rir, mesmo que seja um risinho de canto de boca, com exceção, é claro, às emburradas.
    Gustavo Tardelli

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  2. E eu que achei que era a única a detestar o comercial! Aliás, como detesto tudo que segue a fórmula dessa propaganda infeliz e burra! Burra porque segue um padrão de pensamento - o geral, o comum. E o comum diz que casamento, namoro é ruim. Isso porque a maiora não conhece a felicidade nos relacionamentos.

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  3. Ah, quanto à sua afirmativa: "ainda não entendo como, num país onde as drogas não são legalizadas, ainda deixam passar isso na tv." - ADOREI!!! Irônica, perfeita!!!!!!!!!

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  4. Rá. Tinha que ser um comentário masculino dizendo que gostou do comercial, né doutor Gustavo? Haha. Mas eu entendi o que você quis dizer. Mas está vendo? O fato de você achar engraçado já prova o que eu estava dizendo, sobre esse cenário fazer parte da cultura brasileira. E Hellen, que bom que você também não gostou do comercial!! Isso mostra que está com os olhos abertos em vez de só aceitando o que a tv prega. Eu já sabia que você era esse tipo de pessoa, mas de qualquer forma, uma coisa prova a outra. E obrigada pelo elogio à afirmativa! A intenção foi mesmo ironizar! hehehe
    Abraço pros dois!

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