Você se casou com a pessoa certa? - parte II

(quem não leu o post de ontem, leia para não pegar o barco andando.)




Continuando, a autora lembra que as mulheres são mestras em entrar num relacionamento cheias de fantasias na cabeça sobre como deve ser um namoro ou um casamento, e por isso são as que mais sofrem e se decepcionam e também as que mais pedem divórcios. [Também acho que é porque somos um pouquinho mais corajosas e independentes, mas não vem ao caso.] E aí ela sugere discutir com o parceiro antes de assinar os papeis sobre quais são essas expectativas. Quem sabe não dá pra chegar num meio termo que agrade os dois?



Outro ponto que ela aborda é que nenhum relacionamento é estático, e que por conta disso as pessoas devem aprender um pouco a dançar a música que estiver tocando. Que entrar num relacionamento com uma ideia pré-concebida sobre como tudo deveria ser e esperar que o script seja cumprido é um pensamento controlador demais, e que quase nunca vai ser atendido.



E aí ela chega num ponto interessante também: no qual ela diz que sim, algumas pessoas são sim "a pessoa errada". Quem seriam estes? Aqueles que antes de tudo não vão estar comprometidos com o relacionamento. Parece óbvio mas muita gente não percebe: é impossível ter um relacionamento com alguém que não está comprometido com essa ideia. Exemplos de casos típicos: - pessoas viciadas em qualquer tipo de substância (são fieis, em primeiro lugar, ao vício, e não ao relacionamento) ou em jogo (mesma coisa), ou ainda violentos, doentes mentais ou traidores em série.


Mas que passou disso, de resto as tais "diferenças irreconciliáveis" costumam ser perfeitamente conciliávies. Isto é, se ambas as partes quiserem fazer a coisa funcionar. Ela continua: tudo bem o casal não compartilhar de todos os interesses um do outro. Mas é importante que um esteja pelo menos a par do universo do outro - ou então aos poucos irão se tornar estranhos. E também é necessário que ambos estejam dispostos a ficarem juntos e a cuidarem sempre da relação. Ou então, no dia em que a coisa entrar em colapso, seria como reclamar porque seu carro o deixou na rua, sendo que você não troca o óleo há dez anos. Aí não tem carro que aguente. Mesmo aquele BMW maravilhoso, tudo de bom.



E finalmente, ela diz que é importante esperar um pouco nosso próprio amadurecimento até escolher alguém para nos acompanhar vida afora, já que precisamos saber antes o que queremos, quais são nossos valores e necessidades, antes de tentar buscar isso numa outra pessoa. E que esse é um dos motivos pelos quais pessoas que se casam muito jovens terminam por se separarem - quando elas finalmente descobrem quem elas são, aí percebem que a pessoa com quem estão tem muito pouco a ver.



Ela termina o artigo dizendo: "Nós todos somos difíceis. Qualquer pessoa que estiver casada, está casada com uma pessoa difícil de se lidar. Nós tendemos a enfatizar que nosso marido/esposa é uma pessoa complicada, mas nos esquecemos do quanto nós também somos complicados para eles. E que para um casamento dar certo e ser feliz, que uma boa dose de humildade é essencial."



Maravilhosa esta conclusão para o artigo. Acredito muito nisso. E não é à toa que eu sempre adorei aquela música, "Complicado demais", da Paula Fernandes, na qual ela canta:


"Te aceito assim, complicado demais. /Também sou assim, complicada demais."



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Afinal, não é lindo o amor?

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