Morre-se da forma como se viveu
Tem gente que acha que depois que morrer vai chegar do outro lado, ter um estalo e simplesmente entender exatamente qual é a natureza de tudo, da vida e da morte, da existência e da não-existência. E que vai entender o que foi exatamente que ela fez em vida e o que é que precisa continuar fazendo para que seu espírito continue evoluindo. E eu me pergunto: por que essas pessoas acham que vão ficar inteligentes depois de mortas?
Falando sério, de onde é que essas pessoas acham que vão tirar todo esse conhecimento? Do além? Não deve ser só porque você foi pra lá que vai ser tão sábio quanto os que já estão lá. Ou os que estão coordenando o além. Se é que lá existe. Se é que é pra lá que vamos. Eu, na verdade, não sei de nada.
Mas ao menos eu procuro saber. Tá certo que se eu tivesse nascido menino em vez de Simone meu nome teria sido Deepak, mas tirando isso... Não sou uma pessoa religiosa, mas gosto de tentar entender o pensamento de almas iluminadas que já passaram ou estão passando por esse mundo como Jesus, Siddartha Gautama (o Buda histórico), ou Thich Nhat Hanh.
E acho que tentar encontrar um caminho espiritual em vida é fundamental. Tem gente que é bastante religioso (apegado ao ritual) mas pouco espiritual. Pra mim, você sabe que encontrou seu caminho espiritual no momento em que encontrou dogmas nos quais acredita com facilidade. Se as escrituras sagradas e ensinamentos simplesmente fazem sentido em sua cabeça, então você deve ter encontrado seu caminho. Se você frequenta um lugar ou lê coisas se não as reconhece como verdades, então procure mais um pouco.
Mas procurar é fundamental. Para o bem da sua própria alma. Eu não sei de muita coisa mas tenho certeza de que a gente é mais que o corpo físico porque sinto isso. E acredito que a gente morre da forma como viveu. Pode ser em paz, em confusão, em conflito, bem, mal ou até mesmo morre-se para que a alma dissipe em outras formas de energia e vire árvore e pedra. É o que certas tradições acreditam que acontece com quem não acredita na continuação. A pessoa passa a vida toda tão desapegado da ideia de que a vida continua, que ao morrer é isso que acontece.
Em uma coisa (bem budista) eu acredito: tudo é basicamente criação mental. A vida. E a morte. E o modo como se passa por elas, mais uma vez, só depende de nós mesmos.
Simone,
ResponderExcluirEstou com saudades.
Você anda bem filosófica...
Grande Abraço,
Lu
Oi Lu!
ResponderExcluirTalvez eu ande filosófica mesmo... Deve ser o inverno chegando. Antes filosofar que malhar. Kkkkkkk
Beijão!