Historinha de caranaval
Esse, quem sempre acompanhou meus blogs provavelmente já leu. Mas vale publicá-lo de novo. Afinal, é uma historinha simpática!
No carnaval de noventa e três
tinha confete e serpentina
E pela primeira vez
Pafúncio viu Clementina
Ele estava de pirata
Ela estava de odalisca
E com uma cachaça barata
Pafúncio jogou a isca
Primeiro chegou de mansinho
Com aquela conversa mole
E convenceu a mocinha
a tomar ao menos um gole
A conversa ficou animada
Pafúncio veio com gracejo
E Clementina de tão empolgada
Acabou lhe tascando um beijo
Logo disse, porém, “tenho que ir”
Afinal, a moça era sábia
Entretanto não pode resistir
Pois Pafúncio era cheio da lábia
***
No carnaval de dois mil e dois
Se esbarraram no mesmo salão
Quase dez anos depois
Mas ainda existia paixão
“Clementina! Não acredito!”
“Sou eu mesma, seu maldito!”
Ele estava de astronauta
Ela estava de rumbeira
Ela parecia mais alta
do alto daquela cadeira.
Ele ficou preocupado
Quando a música parou
E Clementina num sobressalto
Sem ensaio, disparou:
“Nove anos se passaram!
Nove anos te esperei!
Outros caras me amaram,
Com um deles me casei.
Engravidei na lua-de-mel
E outras cinco vezes depois
Ainda moro de aluguel
E como só feijão com arroz.
Nunca consegui te esquecer
Por isso o casamento acabou
Mas você nem pra aparecer
Nem pra estar aonde eu vou!
Mas agora perdeu a chance
Virei mulher resolvida
Estou fora do seu alcance
Vá cuidar da sua vida!
E nem adianta ligar
E dizer “mas Clementina...”
Já que eu não vou atender
Porque meu celular tem bina!”
***
No carnaval de dois mil e oito
Por acaso vão se encontrar
Pafúncio estará afoito
Clementina estará de arrasar
Também estará mais tranqüila
(ela já não guarda rancor)
Ele lhe oferecerá tequila
E também confiança e amor.
Irão juntos à casa de Pafúncio
Com a desculpa de uma cerveja
E no jornal virá logo o anúncio
de que em maio se casam na igreja.
O padre será ortodoxo
pois Clementina já foi casada
O que é mesmo um paradoxo
Pois só agora está apaixonada.
No carnaval de noventa e três
tinha confete e serpentina
E pela primeira vez
Pafúncio viu Clementina
Ele estava de pirata
Ela estava de odalisca
E com uma cachaça barata
Pafúncio jogou a isca
Primeiro chegou de mansinho
Com aquela conversa mole
E convenceu a mocinha
a tomar ao menos um gole
A conversa ficou animada
Pafúncio veio com gracejo
E Clementina de tão empolgada
Acabou lhe tascando um beijo
Logo disse, porém, “tenho que ir”
Afinal, a moça era sábia
Entretanto não pode resistir
Pois Pafúncio era cheio da lábia
***
No carnaval de dois mil e dois
Se esbarraram no mesmo salão
Quase dez anos depois
Mas ainda existia paixão
“Clementina! Não acredito!”
“Sou eu mesma, seu maldito!”
Ele estava de astronauta
Ela estava de rumbeira
Ela parecia mais alta
do alto daquela cadeira.
Ele ficou preocupado
Quando a música parou
E Clementina num sobressalto
Sem ensaio, disparou:
“Nove anos se passaram!
Nove anos te esperei!
Outros caras me amaram,
Com um deles me casei.
Engravidei na lua-de-mel
E outras cinco vezes depois
Ainda moro de aluguel
E como só feijão com arroz.
Nunca consegui te esquecer
Por isso o casamento acabou
Mas você nem pra aparecer
Nem pra estar aonde eu vou!
Mas agora perdeu a chance
Virei mulher resolvida
Estou fora do seu alcance
Vá cuidar da sua vida!
E nem adianta ligar
E dizer “mas Clementina...”
Já que eu não vou atender
Porque meu celular tem bina!”
***
No carnaval de dois mil e oito
Por acaso vão se encontrar
Pafúncio estará afoito
Clementina estará de arrasar
Também estará mais tranqüila
(ela já não guarda rancor)
Ele lhe oferecerá tequila
E também confiança e amor.
Irão juntos à casa de Pafúncio
Com a desculpa de uma cerveja
E no jornal virá logo o anúncio
de que em maio se casam na igreja.
O padre será ortodoxo
pois Clementina já foi casada
O que é mesmo um paradoxo
Pois só agora está apaixonada.
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